quarta-feira, 28 de maio de 2008

Refletindo.


O que eu quero?
sair correndo,
afogar minha repressão em um balde de água fria,
transbordar o que está calado a tempo demais,
morder a carne,
sentir o suor,
ver saciar essa fome
e então enterrar essa loucura em um caixão de cristal
no cemitério das lembranças.

O que eu faço?
Nada, N-A-D-A,
seria arriscado demais,
a explosão deixaria muitos feridos,
e isso vai apodrecendo por dentro, consumindo
e provoca nauseas e confusões,
talvez seja a febre, a infecção, ela passa,
deixarei que passe,
continuarei meu árduo trabalho de não fazer nada.







Todo dia eu só penso em poder parar.

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