sábado, 31 de janeiro de 2009

Pretérito do presente


"Tudo já passou e minha vida não passa de um ontem não resolvido ."

"O que tem me mantido vivo hoje é a ilusão ou a esperança dessa coisa, "esse lugar confuso", o Amor um dia. E de repente te proíbem isso. Eu tenho me sentido muito mal vendo minha capacidade de amar sendo destroçada, proibida, impedida..."

"Fico tão cansada às vezes, e digo pra mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida. E fumo, e fico horas sem pensar absolutamente nada..."

Evolução


"Tudo isso me perturbava porque eu pensara até então que, de certa forma, toda minha evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém. Até então aceitara todas as ausências e dizia muitas vezes para os outros que me sentia um pouco como um álbum de retratos. Carregava centenas de fotografias amarelecidas em páginas que folheava detidamente durante a insônia e dentro dos ônibus olhando pelas janelas e nos elevadores de edifícios altos e em todos os lugares onde de repente ficava sozinho comigo mesmo. Virava as páginas lentamente, há muito tempo antes, e não me surpreendia nem me atemorizava pensar que muito tempo depois estaria da mesma forma de mãos dadas com um outro eu amortecido — da mesma forma — revendo antigas fotografias. Mas o que me doía, agora, era um passado próximo..."

Partida[o]


Minhas malas estão prontas, finalmente, essa noite eu vou embora, deixando um pouco mais do que lembranças: uma vida enterrada num apartamento de paredes amareladas de tabaco, de tristeza. Faltam apenas alguns minutos, o taxi já está lá embaixo, sei que não estou esquecendo nada, paro por um instante, está chovendo muito, ainda há tempo para um último cigarro, tem alguma coisa errada, fora do lugar, mas não estou esquecendo nada, talvez seja só essa história sem final definido martelando na minha cabeça, sei lá, fico encarando a porta, esperando... 1, 2, 3 e já. Nada aconteceu. Seria nesse momento que você deveria chegar e me impedir...





"No meu demente exercício para pisar no real, finjo que não fantasio. E fantasio, fantasio. Até o último momento esperei que você me chamasse pelo telefone. Que você fosse ao aeroporto. Casablanca, última cena."

Pensamento positivo?


Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio. Eu te odeio.




Dizem que quando você acredita de coração em alguma coisa, essa coisa pode se tornar real.Então mentaliza Fernanda, mentaliza.

Voluntário


Olhou para a porta, e se então tivesse saído teria escapado. Mas ficou. Ferindo a si mesma e por si mesma sendo ferida.

"... tive vontade de sentar na calçada da rua augusta e chorar, mas preferi entrar numa livraria, comprar um caderno lindo e anotar sonhos"











E se sentia a quilômetros, ela tinha um perfume único, uma mistura de colônia, cigarro e tristeza...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Confissão


Olha, eu não sei como começar a te dizer isso, na verdade eu nem sei se eu deveria estar aqui agora, dizendo qualquer coisa sobre aquele assunto que eu desajeitadamente matei a pauladas e que você enterrou no descaso, acontece que eu já tinha decidido que não havia mais nada a ser dito, mas a verdade é que há, a triste verdade é que há. Esses últimos dias foram decisivos pra mim, pensei em tanta mas tanta coisa, você me fez rever uma vida inteira. Cara, tinha tanta coisa errada, mas essa coisa de auto conhecimento a gente só adquiri assim: chafurdando as feridas. Sempre tive essa ânsia por respostas e talvez por tanto cobiçá-las é que decidi te explicar o porque de tudo isso, na verdade sempre foi o que eu queria que fizessem comigo, que me dissessem o porque das coisas, mesmo que fosse um porque momentâneo e alterável, só queria qualquer coisa que soasse à: uma resposta. Eu fui embora porque você estava me doendo muito, sei lá, me doía de um jeito insuportável, eu já tinha desgastado todas as possibilidades, parei de acreditar em muita coisa, e bem, um homem sem esperança é um homem morto, pelo menos por dentro. Desculpa se eu fui meio injusta com você, mas já tentou pedir delicadeza de um animal ferido? A dor transforma a gente cara, a gente só quer se livrar dela, não importa se pra isso deixemos um pouquinho com alguém. Como eu queria que você tivesse me enfrentado, que tivesse me ligado, que gritasse comigo, qualquer coisa, mas não, a gente é diferente demais, você quer fechar as feridas, eu quero chegar à amputação e toda essa sua cautela me machuca, me soa como "por mim tudo bem", mas não estava bem, como poderia estar bem? O tempo resolve tudo? Ah meu caro, isso só funciona quando não existe mágoa e você me magoou tanto e tanto e tanto. Mas eu não deveria estar aqui falando disso, eu sei que você tem que ir embora, mas ainda tem ônibus pra tua casa, eu tô de olho no relógio, me ouve por favor. As coisas foram muito unilaterais sabe? toda aquela minha explosão de raiva foi impulso, porra, você me conhece, eu nunca falo sério e quando eu disse que seria assim "pra sempre", você deveria saber que seria "pra sempre uma semana", mas aí você aceitou e todo esse seu descaso foi tornando essa uma semana num pra sempre real e lento, que vinha dia após dia. Não que eu queira te culpar, pára, não diz que me ama, ambos sabemos que não é verdade, fraternidade? Pára com isso, não somos irmãos, não fomos criados juntos, nunca nos tratamos assim, essa é sua maneira fabulosa de fugir? Melhor tentar outra coisa, ou não, você não sentiu nada? Na-da? Tá bom, não, não vou parar de chorar, me deixa chorar em paz, me deixa... Você tinha parado de fumar, porque tá fumando de novo? Preocupações? Não joga a culpa em mim, eu tô sofrendo mais, você sabe que eu tô sofrendo bem mais, mas eu escolhi não é? As consequências são minhas, assim como a escolha de te amar, de alguma forma um dia eu escolhi me render a este sentimento. Não, não quero que você saia, não sem ouvir tudo, você me disse pra falar tudo não é? Pára de olhar no relógio. Não posso te prometer que vai voltar a ser como era antes, porque me dói? Esquece! Me deixa no meu círculo vicioso, que se dane se eu sofrer de novo e de novo, eu fiz o que eu quis, já te disse isso, eu escolhi, eu fui sincera, não adianta eu te falar porque eu tô chorando, pára de me perguntar isso. Tá se quer saber é porque as coisas não são recíprocas e de repente me veio o pensamento de que você me ama mas não está apaixonado por mim, mas eu estou apaixonada por você e eu não te amo... desculpa te dizer isso, mas eu não amo, foi você que perguntou, é claro que valeu de alguma coisa, aprendi muita coisa também, eu sei, eu sei que você sempre estará aqui comigo, mas eu não posso dizer o mesmo, não sei como as coisas vão ser quando essa paixão desodenada passar, disso eu tenho medo... me abraça por favor, não consigo parar de chorar, eu sei que tá tarde, coloca os sapatos, você vai perder o ônibus, eu vou ficar bem, eu sempre fico bem, droga, vai logo... não esquece de fechar a porta. Eu só queria te dizer mais uma vez, eu só queria que você soubesse que...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A visita


Na verdade eu não me lembro o porquê você veio, só lembro de abrir a porta e te ver parado, você entrou sem me olhar direito, tirou os sapatos e se jogou no sofá, como de costume. Fiquei te encarando por algum tempo, sei lá, estranhei alguns dos seus novos costumes, observei atentamente o seu rosto, procurando alguma linha nova que indicasse o porque o seu olhar agora parecia tão sofrido. Não encontrei nada, parei de olhar. Fui tomar banho, coloquei um pijama velho, afinal você é de casa, ou pelo menos era. Você sempre ria dos meus pijamas, mas dessa vez não riu, alguma coisa mudou. Deitei no sofá, você se sentou ao meu lado e acariciou meus cabelos desgrenhados, preferi não te olhar nos olhos, mas não hesitei quando você me abraçou, fechei os olhos fundo para que não caíssem lágrimas, não seria de bom gosto, que tipo de anfitriã fica chorando na frente das visitas? Me levantei e fui para o quarto, você me seguiu, nos sentamos na cama, posição de meditação, um de frente pro outro, nos olhamos fundo novamente, talvez você também procurasse alguma linha no meu rosto que indicasse o porque do meu olhar tão sofrido. Não encontrou nada, desviou o olhar, fiquei desconcertada, me distraí olhando as fotos na parede, você está em algumas delas, mas estas eu evito. Me sinto nauseada, estranho, achei que já tinha vomitado tudo, mas meu estômago continua queimando, involuntariamente começo a falar sobre nós. Você ainda tem essa mania irritante de ficar me interrompendo, me perdi no meio do meu processo mental de novo, respiro fundo, continuo, você me olha fixamente mas eu procuro evitar os seus olhos, tenho medo de me perder neles. Nossa... te digo sempre tanta coisa, me irrito as vezes com esse meu jeito tão escancarado de ser, tento me controlar, mas sai tudo, tu-do, uma tentativa desesperada de explicar tudo aquilo que eu gostaria que me explicassem. Lágrimas começam a se formar nos meus olhos, prometi que não choraria mais na sua frente, mas sempre fui péssima com promessas, você não gosta de me ver chorando, então me abraça, mas eu me debato, odeio quando você me consola, sou orgulhosa demais, lembra? Por um momento me distraio, me lembro das nossas conversas, sala de estar, café da tarde, choros e risadas entre pães e cafés, já faz tanto tempo, agora somos maduros, não temos tempo pra isso. Você me diz que é tarde e que precisa ir, vai até a sala colocar os sapatos, permaneço chorando por alguns segundos agarrada ao travesseiro, em seguida acendo um cigarro e vou pra varanda. Você se distrai com alguma reportagem interessante enquanto eu fumo toda aquela minha antiga frustração. Doze badaladas, já é tarde, você me beija o rosto rapidamente e caminha em direção à porta, evito olhar pra trás, não gosto de despedidas, não queria me lembrar de você assim: indo embora. Então permaneço olhando as luzes noturnas de uma cidade adormecida, entendendo e aceitando que tem que ser assim. Respiro fundo, apesar de tudo, hoje é uma das noites mais lindas que eu já vi...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Preciso


"Preciso de alguém, e é tão urgente o que digo. Perdoem excessivas, obscenas carências, pieguices, subjetivismos, mas preciso tanto e tanto. Perdoem a bandeira desfraldada, mas é assim que as coisas são-estão dentro-fora de mim: secas. Tão só nesta hora tardia - eu, patético detrito pós-moderno com resquícios de Werther e farrapos de versos de Jim Morrison, Abaporu heavy-metal -, só sei falar dessas ausências que ressecam as palmas das mãos de carícias não dadas. Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. Que tenha boca para, porque são tantas histórias para ouvir, meu amor. E um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da concha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão. No meio da fome, do comício, da crise, no meio do vírus, da noite e do deserto - preciso de alguém para dividir comigo esta sede. Para olhar seus olhos que não adivinho castanhos nem verdes nem azuis e dizer assim: que longa e áspera sede, meu amor. Que vontade, que vontade enorme de dizer outra vez meu amor, depois de tanto tempo e tanto medo. Que vontade escapista e burra de encontrar noutro olhar que não o meu próprio - tão cansado, tão causado - qualquer coisa vasta e abstrata quanto, digamos assim, um Caminho. Esse, simples mas proibido agora: o de tocar no outro. Querer um futuro só porque você estará lá, meu amor. O caminho de encontrar num outro humano o mais humilde de nós. Então direi da boca luminosa de ilusão: te amo tanto. E te beijarei fundo molhado, em puro engano de instantes enganosos transitórios - que importa? (Mas finjo de adulto, digo coisas falsamente sábias, faço caras sérias, responsáveis. Engano, mistifico. Disfarço esta sede de ti, meu amor que nunca veio - viria? virá? - e minto não, já não preciso.) Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis. Tanto meu ciclo ascético Francisco de Assis quanto meu ciclo etílico bukovskiano. Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser conjunto ao teu, mas não sou tu, e quero adoçar tua vida. Preciso do teu beijo de mel na minha boca de areia seca, preciso da tua mão de seda no couro da minha mão crispada de solidão. Preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor, quando sexo não era morte e as pessoas não tinham medo disso que fazia a gente dissolver o próprio ego no ego do outro e misturar coxas e espíritos no fundo do outro-você, outro-espelho, outro-igual-sedento-de-não-solidão, bicho-carente, tigre e lótus. Preciso de você que eu tanto amo e nunca encontrei. Para continuar vivendo, preciso da parte de mim que não está em mim, mas guardada em você que eu não conheço. Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido. Para não morrer de sede, preciso de você agora, antes destas palavras todas cairem no abismo dos jornais não lidos ou jogados sem piedade no lixo. Do sonho, do engano, da possível treva e também da luz, do jogo, do embuste: preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez. Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã."



C.F.A.

Lembrete mental


"Repito sempre: sossega, sossegada, o amor não é para o teu bico"

Questão mental


"Não vou perguntar porque você voltou, acho que nem mesmo você sabe... Eu também não queria perguntar, pensei que só no silêncio fosse possível construir uma compreensão, mas não é, sei que não é, você também sabe, pelo menos por enquanto, talvez não se tenha ainda atingido o ponto em que um silêncio basta? É preciso encher o vazio de palavras, ainda que seja tudo incompreensão? Só vou perguntar porque você se foi, se sabia que haveria uma distância, e que na distância a gente perde ou esquece tudo aquilo que construiu junto. E esquece sabendo que está esquecendo..."

Basta sim


"Mas te lembrarás de alguma coisa que também te aconteceu na sombra. Terás compartilhado desta primeira existência muda, terás, como em tranquilo sonho de noite tranquila. Depois dirás : nada sonhei. Será que basta? Basta sim. E sobretudo há nessa existência primeira uma falta de erro, e um tom de emoção de quem poderia mentir mas não mente. Basta? Basta sim."

Um beijo bem no meio da sua insegurança e um abraço tranquilo no céu das nossas histórias.
O seu dia, em algum lugar, é um dia nosso.

Aleatório


Pensamentos soltos

com esperança de fazer algum sentido

Novas sensações,

mas eu não sei direito como me sinto.

Eu agradeceria se voce pudesse ficar... pra sempre

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Ao meu querido escorpião


Olha, eu não saberia te explicar o que aconteceu nem em que momento aconteceu, mas alguma coisa mudou na minha forma de ver a situação, sigo sabendo que todas as atitudes que estão por vir serão determinantes: transformará o "um tempo" num "pra sempre", mas trata-se de escolha pessoal e a minha é esquecer definitivamente, qualquer contato, qualquer gesto, percebi que simplesmente não consigo continuar assim. Chega uma hora que a gente tem que aceitar que não consegue mais, não por descaso mas por limitação humana, tentar ultrapassar esse limite é destrutivo, jurei que não faria mais isso. Eu sei que fui muito dura contigo esses dias, mas você não será mais o elo que me une à essa realidade tão dolorida, eu prometo. Uma vez você me disse que não me protegeria mas que estaria ao meu lado, hoje eu percebi que talvez eu não precise mesmo de proteção, já passei por outras coisas tão piores... Então vá em frente, dê aquele telefonema e faça o que tem que fazer, talvez me doa, mas eu já sofri antes e não tenho mais medo, embora meu estômago esteja ardendo incessantemente, acho que sem querer eu devo ter engolido parte do meu orgulho pra te dizer tudo isso que eu estou dizendo agora, mas eu aguento, eu sei que eu aguento, agora eu preciso ir, espero voltar com notícias boas. Te vejo em breve.
Ouvindo: Daysleeper - REM

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Premonição

E eu sei que amanhã você vai me magoar, sei sem querer, advinhando e sabendo que nada posso fazer para mudar isso. Está escrito, nos atos omissos e falhos do nosso desejo consciente, em toda a futilidade que a nossa alma não consegue conter. Amanhã estarei a muitos quilômetros daqui, olhando o mesmo céu que agora te diz que é noite, sonhando com uma vida diferente da que temos, desejando uma vida diferente da que temos, talvez o mar lave um pouco dessa mágoa do meu peito e me traga um pouco de saudade, eu só quero sentir que o seu coração continua comigo, embora eu saiba, que amanhã você vai me magoar.



Ouvindo: Wild horses - Rolling stones

terça-feira, 13 de janeiro de 2009


Chega.











"Para isso os homens tem braços tão compridos, para os adeuses..."


- O que você acha que está fazendo, Fernanda?


- Estou indo embora...


- Porque você não pode ser feliz aqui?


- Eu não sei... simplesmente não posso...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A despedida


Díficil começar...e quase impossível não ser repetitiva, eu já te disse tanta, mais tanta coisa engasgada que não sobrou nada, a não ser esse nó no peito que eu guardo embaixo de camadas espessas de hostilidade. Isso tem me consumido. Até as minhas lágrimas se tornaram meio duras sabe? Caem pesado no rosto, marcando, eu não tinha essa expressão, esse cansaço e confesso que... eu não aguento mais esses altos e baixos da nossa pseudo relação, é dolorido demais. Não te culpo por esse meu sentimento tão machucado, essas coisas acontecem não é? A vida tem dessas coisas que a gente não entende, eu quero acreditar que essa incompreensão nos redime de qualquer culpa. Ah...como eu queria que tudo fosse diferente, como eu queria acordar e só sentir sua presença, sua presença nua e aquela ausência total de males antigos, se Deus me permitisse não ter memória... mas acreditar nisso, na possibilidade de que isso um dia ocorra, seria mera fuga da realidade e sinceramente eu não tenho mais coração para ilusões. Eu não vejo outra saída, a não ser ir embora, carregando todo esse sentimento comigo, gritando que essa dor é minha, só minha... será melhor, eu te prometo que será, pra nós dois, por enquanto. Tanta verdade arremessada contra nossas crenças, é destrutivo demais, sua dispersão, a minha possessividade, talvez se fosse mais calmo, se fosse mais ameno, mas não é, melhor parar de tentar distorcer os fatos. Eu sinto muito por tudo. Espero que algum dia você me perdoe por ter desistido e que algum dia, quem sabe, eu consiga também me perdoar.



Sinceramente,
Fernanda.



Ouvindo: All dead, all dead - Queen

"E eu vou continuar aqui na chuva e no frio batendo e batendo e batendo e batendo e batendo e batendo e batendo e batendo e batendo e batendo e batendo e batendo e batendo e batendo nessa porta que não vai se abrir."

lembrete


" naum estou em um local bom pra falar td oq eu quero, pq eu to na casa de um amigo, mas eu acho que eu tenho um tempo na lan perto de casa(uns 10 minutos pelo menos), mas desde agora me desculpa pela hiper demora...espero estar mais presente em 2009...
vou ir na lan pode dexa

bjsss
my love"




Só para não esquecer o quanto doeu.
E o quanto eu não preciso disso.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A carta

E de repente tudo o que eu escrevi deixou de fazer sentido, mas aquela melodia ainda fica se repetindo na minha cabeça...





Ouvindo: My melancholy blues - Queen