sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

A despedida


Díficil começar...e quase impossível não ser repetitiva, eu já te disse tanta, mais tanta coisa engasgada que não sobrou nada, a não ser esse nó no peito que eu guardo embaixo de camadas espessas de hostilidade. Isso tem me consumido. Até as minhas lágrimas se tornaram meio duras sabe? Caem pesado no rosto, marcando, eu não tinha essa expressão, esse cansaço e confesso que... eu não aguento mais esses altos e baixos da nossa pseudo relação, é dolorido demais. Não te culpo por esse meu sentimento tão machucado, essas coisas acontecem não é? A vida tem dessas coisas que a gente não entende, eu quero acreditar que essa incompreensão nos redime de qualquer culpa. Ah...como eu queria que tudo fosse diferente, como eu queria acordar e só sentir sua presença, sua presença nua e aquela ausência total de males antigos, se Deus me permitisse não ter memória... mas acreditar nisso, na possibilidade de que isso um dia ocorra, seria mera fuga da realidade e sinceramente eu não tenho mais coração para ilusões. Eu não vejo outra saída, a não ser ir embora, carregando todo esse sentimento comigo, gritando que essa dor é minha, só minha... será melhor, eu te prometo que será, pra nós dois, por enquanto. Tanta verdade arremessada contra nossas crenças, é destrutivo demais, sua dispersão, a minha possessividade, talvez se fosse mais calmo, se fosse mais ameno, mas não é, melhor parar de tentar distorcer os fatos. Eu sinto muito por tudo. Espero que algum dia você me perdoe por ter desistido e que algum dia, quem sabe, eu consiga também me perdoar.



Sinceramente,
Fernanda.



Ouvindo: All dead, all dead - Queen

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