quinta-feira, 29 de maio de 2008

Pausa dramática



Sentada na grama portando um cansaço quase crônico
somente Carlos Drummond me acompanha, meu doce e fiel Carlos.
Me perco em suas páginas sabendo que sou entendida entre linhas e significados
De repente sem nenhuma dúvida de quem falava ouço:
Amor: Adeus!
Fernanda: Adeus.
Amor: Então você vai me deixar ir embora assim sem nem perguntar porque?
Fernanda: Sim. De nada me adiantaria saber seus motivos.
Amor: Humm, você vai ficar bem?
Fernanda: Não se preocupe comigo, sem dramas ou ressentimentos.
Amor: Me desculpe por ter te magoado tanto...
Fernanda: Não há do que se desculpar, aprendi muito com você, não tenho do que me arrepender.
Amor: Algum dia eu volto, eu prometo.
Fernanda: Eu sei, não precisa prometer nada. Mas se tem que ir, vai de uma vez!
Amor: Tudo bem, então acho que isso é um adeus...
Fernanda: É, adeus.
Meio cabisbaixo vira as costas e vai embora. Antes de vê-lo sumir no horizonte, susurro quase que silenciosamente: "Vou sentir sua falta". Abro meu livro e torno a lê-lo, na esperança de pensar só no livro e em nada mais.

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