segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


"Experimentou sentir ódio, lembrar pessoas, coisas e fatos desagradáveis, apalpar novamente a tessitura sombria do que vivera, a massa espessa de que era feita a mágoa, e todos os desencontros que tinha encontrado, e todos os desamores, desilusões, desacatos, desnaturezas... Não, não, já nem ódio queria, que encontrasse ao menos a tênue melancolia, aquele como-estar-debruçado-na-sacada-num-fim-de-tarde, a tristeza, a solidão, a paixão: qualquer coisa intensa como um grito."








"Pudesse abrir a cabeça, tirar tudo para fora, arrumar direitinho como quem arruma uma gaveta."
Ouvindo: Milagreiro - Cássia Eller

2 comentários:

Léo Santos disse...

Sei não hein! Acho que se abrissemos a cabeça, tirassemos tudo pra fora e arrumasse-mos direitinho, a vida se tornaria tri chata!

Um abraço!

cowy disse...

quanto ódio nesse coração.