terça-feira, 7 de dezembro de 2010


Vou fugir de todas as esquinas, Copacabana, praia das laranjeiras, todas as cidades infectadas. Corro por ai, me perco no mundo, pura bohemia baby, durmo em outras camas, jogo fora tudo o que guardei no travesseiro. Corro pela noite, as vezes apareço nua, as vezes disfarço os hematomas, atravesso a cidade, canto o garçom, encosto a cabeça na privada e choro, me arrasto pelos cantos, tomo aspirina e leite quente, desligo todos os telefones, morro todas as noites e renasço embreagada, aos pedaços.
Junto o que sobrou, vou à igreja, óculos escuros, dou esmolas, pergunto todos os dias à Deus porque ele me abandonou.

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